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Crise econômica faz municípios cancelarem festas juninas

 27/04/2015 | FINANÇAS PÚBLICAS

Crise econômica faz municípios cancelarem festas juninas
Por conta de crise financeira, estiagem ou prejuízos com a chuva, alguns municípios baianos não realizarão as festas juninas em 2015. Segundo o jornal Correio, estão nesta situação as cidades de Candeias, na Região Metropolitana de Salvador; de Sento Sé, no Vale do São Francisco; e de Santo Amaro, que ainda contabiliza os danos causados pelos alagamentos e pela cheia do Rio Subaé ocorridos neste mês. “Diante disso tudo, o caminho é não fazer a festa. Provavelmente, em algumas comunidades e bairros, a população vai fazer alguma coisa, ‘vaquinhas’. Mas a prefeitura não vai fazer nenhum gasto”, disse, em entrevista ao Correio, o prefeito de Santo Amaro, Ricardo Machado (PT).  A festa já estava orçada em R$ 5,1 milhões, valor semelhante ao São João do ano passado. De acordo com o prefeito, os recursos serão destinados a ações emergenciais. Já em Candeias, havia a expectativa de gastar ao menos R$ 600 mil, sendo R$ 400 mil apenas com o custeio das bandas, mesmo valor que faria a festa de Sento Sé, afetada pela seca. O dinheiro também irá para ações emergenciais, segundo o Correio. Em outras cidades que abrigam eventos tradicionais, serão feitos cortes e reduções na programação. É o caso de Amargosa, Cruz das Almas, Piritiba, Senhor do Bonfim e Ibicuí. Em Cruz das Almas, os festejos juninos passarão de 30 para apenas cinco dias. “A situação está precária, pior do que nunca. Tem município este ano com arrecadação menor mês a mês. Com a diminuição da receita, alguns já sinalizaram que não vão fazer festa este ano. Outros vão priorizar por conta da tradição, mas, com certeza, vai ser um São João menos expressivo e com menos gastos”, disse, também em entrevista ao Correio, a presidente da União de Municípios da Bahia (UPB), Maria Quitéria Mendes.