CONSORCIO INTERMUNICIPAL DO MÉDIO RIO DAS CONTAS (CIMURC)

Exportações baianas superam US$ 1 bilhão pelo terceiro mês consecutivo

 15/08/2011 | ECONOMIA

Mesmo diante do impacto cambial, com o dólar atingindo em julho a menor cotação desde 1999, as exportações baianas alcançaram, no mês passado, US$ 1,032 bilhão, superando em 37,2% a receita de igual período em 2010. Pelo terceiro mês consecutivo, as vendas do estado no mercado externo superam US$ 1 bilhão, registrando recorde em junho, quando chegaram a US$ 1,050 bilhão.

Os principais responsáveis pelo resultado obtido no mês passado foram o grande volume embarcado de soja, algodão, cobre e petróleo - sustentado pelos altos preços das commodities -, o aumento na produção e exportação de petroquímicos, além do crescimento excepcional das vendas para a Argentina.

"Esse cenário de preços aquecidos deve continuar compensando, para setores exportadores de commodities agrícolas e minerais, a valorização do real, assegurando a continuidade do dinamismo ao setor externo nos próximos meses", avalia o coordenador de Comércio Exterior da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), Arthur Souza Cruz.

Ele explica que as turbulências nas economias centrais acompanham a conjuntura externa há algum tempo. "Salvo uma queda abrupta no crescimento da Ásia e nos demais países emergentes, o cenário de curto prazo não desautoriza previsões otimistas porque as exportações desses produtos no ano já foram, em boa parte, contratadas", diz.

As importações cresceram em menor intensidade em julho (13%), atingindo US$ 654,9 milhões. Nafta, trigo, automóveis e fertilizantes lideraram a pauta no mês.

Acumulado do ano

Nos sete meses de 2011, as exportações baianas resultaram em US$ 5,94 bilhões, 21,3% acima de igual período do ano passado. Já as importações, no acumulado do ano (janeiro/julho), alcançaram US$ 4,34 bilhões, o equivalente ao crescimento de 13,7%. A corrente de comércio (soma das exportações e importações) exterior da Bahia, este ano, totaliza US$ 10,3 bilhões, com o superávit de US$ 1,6 bilhão, volume 48% acima do mesmo período de 2010.